Desde os primeiros dias de gestação, o físico da mulher começa a sofrer mudanças, principalmente por conta da ação de hormônios. Algumas são bastante impactantes, como a alteração do tom de pele na região dos mamilos. Outras são mais discretas e muitas vezes nem dão sinais claros de que estão ocorrendo realmente, tal como o odor mais adocicado do suor. O cenário volta a se normalizar durante a quarentena, quando os hormônios da gravidez saem de cena.
Veja a seguir algumas das transformações que a grávida enfrenta.
Cabelo com viço, volume e menos queda
A forte ação hormonal durante a gestação é responsável por fazer tudo isso, deixando a mulher mais bonita. A maior circulação de sangue no corpo também colabora com esse quadro. Após o parto, ocorre queda nos hormônios e consequentemente os benefícios cessam. Geralmente, então, o cabelo se torna quebradiço por um tempo e passa a cair.
O quadril fica mais largo
Isso acontece, pois a bacia óssea apresenta uma embebição gravídica –isso quer dizer que há um aumento fisiológico do volume de líquidos dentro dos tecidos da gestante– e sofre uma acomodação para permitir o crescimento uterino. As cartilagens que moldam e fazem a junção dos ossos ficam mais moles.
A mandíbula pode “cair”
Também por conta da embebição gravídica, existe uma frouxidão ligamentar que pode mudar sutilmente a conformação mandibular. Por conta disso, é comum haver aumento dos casos de luxação da articulação temporomandibular (ATM) durante a gestação, o que significa que ela sai do lugar.
A circulação do sangue é diferente, e veias e artérias ficam mais aparentes
A distribuição sanguínea se adequa às necessidades do útero, do bebê e também dos outros órgãos maternos. Há um aumento de 30% do volume bombado pelo coração da mulher e do volume plasmático, a fim de aumentar a quantidade de nutrientes fornecidos ao feto.
Os seios aumentam de volume
Na verdade, o aumento de volume se dá mais precisamente nas glândulas mamárias, que ficam inchadas ao começarem a se preparar para a lactação.
Os mamilos ficam maiores e mais escuros
Não só eles, mas outras áreas mais pigmentadas do corpo, como a região genital, a linha nigra (linha vertical que divide a barriga ao meio) e as axilas, ficam mais escuras. O aumento do nível de hormônios que estimulam as células que produzem a melanina (pigmento da pele), chamados melanócitos, mais a progesterona e o estrógeno provocam o efeito.
Na coluna, a lordose é acentuada
Esse fenômeno ocorre para que a gestante mantenha o equilíbrio, protegendo-se de quedas. O centro de gravidade do corpo muda e, com o crescimento do útero e do abdômen, a mulher tende a jogar o peso do corpo para a coluna lombar, evitando tombar para frente.
A pele estica
Com o passar das semanas e o consequente crescimento da barriga, a pele precisa dar conta de cobrir uma área maior do que antes. Então, o organismo envia uma mensagem para que ela estique. É por conta desse alongamento que surgem estrias em algumas mulheres. A depender da quantidade de colágeno presente no organismo, não tem jeito, as marcas aparecerão em maior ou menor quantidade.
Culote e glúteo, dentre outras regiões, acumulam gordura
Essa é uma estratégia natural do organismo para proteger o corpo da mulher e, de quebra, o da criança, de possíveis quedas, entre outros problemas, além de resguardar o organismo do frio, seja lá qual for a estação do ano. Trata-se de uma gordura especial, a chamada gordura marrom (ou termogênica). Por conta desse cenário, a temperatura corporal normal de uma gestante costuma ser um pouco mais elevada do que a de outras pessoas, 37º C.
Os pés ficam inchados
Além deles, as pernas seguem a mesma tendência na maioria das gestantes. O fenômeno acontece devido à retenção de líquidos, algo normal durante a gravidez. Os vasos da região pélvica começam a ser comprimidos pelo útero, que está aumentando de tamanho, e isso afeta o retorno do sangue que está nas pernas até o coração. O inchaço pode provocar aumento do número de calçado da mulher, o que costuma ser temporário.
O cheiro do suor fica mais adocicado
Essa é uma estratégia da natureza animal para proteger a fêmea que está gestando, seja ela humana ou não. O suor mais adocicado exalado por ela excita menos os machos ao seu redor, mantendo-os afastados. Eles preferem o odor produzido pela ação do estrógeno, ficando mais excitados e atraídos. A mudança do cheiro se dá porque o hormônio em ação durante a gestação é a progesterona.
Fonte: UOL Gestação